Transação do conhecimento permite a elucidação das maneiras pelas quais as tradições religiosas são transformadas em realidades sociais. Cada sociedade está permeada por diferentes tradições de conhecimento que informam a vida social [...] (Barth)
Freitas explica que a imagem do corpo é, portanto, o conceito e a vivência que se constrói “sobre o esquema corporal”, e, que traz consigo o mundo humano das significações. Na imagem estão presente os afetos, os valores, a historia pessoal marcada por gestos, no olhar, no corpo que se move que repousa que simboliza.
Gonçalves complementa dizendo que ao longo da historia humana o homem apresenta inúmeras variações na concepção e no tratamento do seu corpo, bem como nas formas de comportar-se corporalmente que revelaram e revelam as relações do corpo com um determinado contexto social.
Como sabemos a cultura imprime suas marcas nos indivíduos (Gonçalves), e um dos maiores dominadores é a religião, mesmo assim muitos recorrem de atitudes padronizadas através da dança:
As danças em todas as épocas da história e/ou espaço geográfico, para todos os outros povos é representação de suas manifestações de Deus, estados de espirito[...] (Nani)
Podemos ver isso fora da dança também (casos de lazer) ... Quando se trata de lazer, a gente se entrega à aquilo que sempre se desejou fazer, mas que nunca se conseguiu fazer (Pirolli).
Um dos momentos de distração é o esporte.
Esporte dividimos em 3:
Esporte de Alto Rendimento, Esporte Participação e Esporte Educacional
Explicando os três pelos conceitos de Tubino, o alto rendimento se caracteriza jogos exercidos sob regras pré estabelecidas pelos organismos internacionais e cada modalidade. Aqui se realça os ganhos e destaca os indivíduos que praticam, os tornando diferenciados em função de sua técnica.
Aqui lembramos do militarismo, tecnicismo ambos que visava atletas perfeitos. Militarismo pessoas que fossem aptas para ir á guerra proteger o país. Tecnicismo visava criar atletas para sociedade.
Participação se ver o jogo lúdico (Segundo Huizinga o jogo lúdico se refere a jogos que tem competição, religião, regras adaptadas de acordo com todos os jogadores, prazer, seriedade, espontaneidade, etc.).
Educacional é usado na formação de pessoas, um caminho essencial para o exercício pleno da cidadania no futuro individual das pessoas. Assim como esporte de participação, o educacional tem que ter suas regras modificadas para que de um modo melhor seja executado em âmbitos escolares.
Não temos um outro modo melhor de se passar um esporte na escola se não for pela natureza dos conteúdos, CONCEITUAL, PROCEDIMENTAL E ATITUDINAL.
Segundo Dárido Conceitual designa que o individuo deve saber (Quebra de Preconceito);
Procedimental é o que se deve saber fazer (Técnica);
Atitudinal é a intenção ou a predispocisão para ação o que se deve ser (Sentimentos);
Quando um esporte não pode ser executado na escola por faltas de equipamentos ou espaço, pode-se ser usado o vídeo game. Através do Freire compreende-se que o jogo sendo usado como instrumento pedagógico toda criança aprende com mais facilidade.
Crianças em desenvolvimento devemos praticar jogos cooperativos, mesmo que seja somente semi-cooperativos (jogos cooperativo nas equipes porém entre as equipes haja competição).
Nascemos num mundo competitivo e não temos a condição de ser cooperativos uns com os outros (Lembramos assim, o pensamento complexo. Morin explica que tal é o pensamento do abraço. Estamos todos inter-relacionados, um dependendo do outro), pelo modo de estarmos sempre competindo querendo ganhar.
Jamais devemos discriminar a competição, pois como tal é interessante, porque junta com o cooperativismo ensina criança o valor de ganhar e perder, mostrando que mesmo não ganhando sempre, o valor da vitória está no simples fato de ter participado.
Segundo Huizinga Jogo aparece como combate, o jogo é guerra(luta), ou seja o jogo apresenta em si sempre o aspecto de competição e combate!
Ramos entende que Ginástica como prática vindo do exercício físico.
Referências
CASTELLANI FILHO, L. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. Campinas: PAPIRUS, 1988.
GONÇALVES, M. A. S. Sentir Pensar e Agir: Corporeidade e Educação. Campinas: PAPIRUS, 1994.
RAMOS, J. J. Os exercícios físicos na história e na arte. São Paulo: IBRASA, 1982.
SOUZA, E. P. M de. A Busca do auto-conhecimento através da consciência corporal: uma nova tendência. Campinas, 1992.
DARIDO, S. C. Para ensinar educação física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas, 2007
HUIZINGA, J. Homo Ludens – 1938. Tradução de J. P. Monteiro. São Paulo, Perspectiva, 1971.
DUMAZEDIER, Joffre. Lazer e cultura popular. São Paulo: Perspectiva, 1976.
WERNECK, Christianne Luce Gomes e ISAYAMA, Helder Ferreira - Lazer, Recreação e Educação Fisica. Belo Horizonte, Minas Gerais - Autêntica, 2003.
Escritores da Liberdade
Este filme vem com uma linguagem cinematográfica mostrando os grandes problemas psico-sócio-culturais que atingem as escolas contemporâneas.
Neste, encontramos idéias de Foucault que compara escolas com prisões pela falta de liberdade e regras determinadas.
Lembrando o Huizinga, um jogo só é lúdico quando ambos aceitam as regras! Observamos isso no momento onde a professora deseja trocar alunos de local... eles discutem para adaptarem de um modo que fique bom para eles também.
Vemos conceitos de complexidade, no qual percebemos que todos somos inter-relacionados, precisando um dos outros, assim como uma pequena atitude é capaz de mudar tudo.
A história se começa quando uma professora considerada "ingênua", deseja dar aula numa escola que é heterogênea, dividida por gangues, etnias, etc.
Muitos dos seus alunos, estão ali pelo fato de estarem cumprindo pena judicial. Caso não fossem para escola seriam condenados.
Mesmo contra todos os outros professores e coordenação, a professora "G" começou a lutar de todos os modos possíveis, para que conseguisse fazer seus alunos pensarem no modo onde começassem a ter uma atitude especial de tolerância com o "outro".
Momentos em que a professora trabalhou até em três empregos para comprar livros de literatura, organizar viagens culturais, etc. Para assim mostrar para eles que se quisessem, seriam capazes de destruir esses preconceitos bobos contra eles imposto pela sociedade, mas eles mesmo incentivavam tal preconceitos se isolando e deixando de lutar a favor de seus direitos deixando assim os outros "humilharem".
Os alunos no final tão envolvidos pela aula da professora, para continuarem com ela nos próximos anos, fazem protestos, pois tem medo de que voltem a ser como eram antes devido os outros professores não acreditarem neles.
Filme baseado na história real de Erin, que produziu o livro Escritores da Liberdade.
ATLETISMO
Vemos aspectos do atletismo desde as olimpíadas antigas, pois já se praticavam esportes como corrida, lançamento de objetos, e salto, etc.
As provas de corrida são divididas em curta, média e longa distância, além das provas com barreiras, reversamento.
Os saltos em distância, o atleta corre numa pista de no mínimo 40 metros e deve efetuar o salto sobre uma tabua de 20 cm. de largura. Ao cair na areia medem a distância obtida. Quem obtiver a maior distância ganha.
Os saltos em altura, devem percorrer uma pista de no mínimo 20 metros e como uma vara saltar sobre um sarrafo, porém, não pode derrubar o sarrafo enquanto se passa por ele. A cada salto positivo, vai aumentando a altura do sarrafo. Vence aquele que saltar mais alto sem derrubar o sarrafo.
As provas de arremesso ou lançamento são praticados com divisões entre arremesso de peso, lançamento de dardo, de marte e de disco. Em ambas vence o atleta que conseguir arremessar numa maior distância.
Esportes de Aventura
Nessa aula usamos o esporte educacional para adaptar de um modo melhor um esporte de aventura, para que tal, pudesse ser executado no âmbito escolar.
Além de termos aprendido a técnica (Procedimental), juntamente sabíamos o porque aprendemos atitudes sobre tal fenômeno! Melhoramos nosso equilíbrio, resistência, etc.
Esportes de aventura encaixa na parte de lazer. Segundo autores como Gusella, Pirolli, Dumazier percebemos que é o momento de distração dos indivíduos, assim sendo capaz de satisfaze-lo através do prazer.
Marcelino complementa dizendo que o lazer é como a cultura - compreendida no seu sentido mais amplo - vivenciada (praticada ou fruída) no "tempo disponível . O importante, como traço definidor é o caráter desinteressado desta vivência. Não se busca pelo menos fundamentalmente, outra recompensa além da satisfação provocada pela situação.
Suzana Herculano explica que a adrenalina tem efeitos sobre o corpo que são considerados prazerosos. Ao reforçar os resultados da ativação do sistema nervoso que nos prepara para a ação, a adrenalina nos deixa cheio de energia, com os músculos tensos e potentes. Daí vem a sensação de força e poder, tão agradável para quem experimenta.
Ela mesmo cita que para ser ser prazeroso precisar ser voluntário, isso fica mais explicito na fala de Munné: Ao nos divertirmos para brincar nos entregamos a uma atividade por si mesma, dai que essa atividade prazerosa tomada como um fim, reflete diretamente o nosso sentir e o nosso modo de ser. Ao contrário de brincar para nos divertirmos, fugimos com essa nossa conduta de alguma coisa que nós é desagradável [...] o prazer da liberdade não é nada mais do que um meio compensatório, para nos liberarmos do tédio do dia-a-dia.
Erich Fromm, compreende o lazer sendo um comércio para nós seres humanos que devemos sempre está comprando nossa diversão, ou melhor aquele momento de prazer "A diversão é uma industria como outra qualquer, o freguês deve sempre comprar seu prazer como tudo mais [...]"
Nesse mesmo plano (aula de skate), apresento aqui Cultura Corporal em cima de uma prática corporal nova.
Os fenômenos humanos são biológicos em suas raízes sociais em seus fins e mentais em seus meios. A experiência humana é toda um bio-psico-social que não pode ser dividido em partes e nem reduzido a nenhuma delas. Primeiro percebemos o mundo, em seguida, as percepções geram sentimentos e emoções. Na sequência estes são elaborados em formas de pensamentos que vão determinar nosso comportamento no cotidiano (Piaget).
O homem vive em um determinado contexto social, com o qual interage de forma dinâmica, pois ao mesmo tempo em que atua na realidade modificando-a, esta atua sobre ele influenciando e até podemos dizer direcionando suas formas de pensar, sentir e agir.
Assim as concepções que o homem desenvolve a respeito de sua corporalidade e as suas formas de comportar-se corporalmente estão ligados a condicionamentos sociais e culturais.
A cultura imprime suas marcas no individuo ditando normas e fixando ideais nas dimensões intelectual, afetiva, moral e física; Ideais esses que indicam à educação o que deve ser alcançado no processo de socialização (Gonçalves).
Compreende-se pelo tal que estamos fechado á práticas que não seja considerado no nosso modo o mais correto( Segundo Laraia, o fato de o homem ver o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural), ou melhor explicando, só podemos executar coisas que sejam da natureza da nossa cultura, senão estaríamos fora do padrão da sociedade.
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